
Aquela calma acerca de tudo.
Não quero tudo, quero Devagar. (Constatação 1).
Já houve tempos em que tive medo de dormir, medo daquelas pesquisas malucas de cientistas mal sucedidos que sempre dizem que dormimos cerca de 1/3 de nossas vidas e usamos apenas cerca de 4% de nossa memória. Enfim medo de que toda uma vida passasse na minha janela e eu não conseguisse me lembrar de nem 4%, medo de perder tempo chorando por um coração partido ou até medo de assistir televisão. (?) Lembro-me bem dessa fase, livros tomavam conta do meu quarto, MSN/comida/banho/celular/televisão tudo ao mesmo tempo, pra que perdesse horas equivalentes pra coisas que nada me acrescentavam, 8horas de estudo, sábado de festas durante toda a madrugada, fotos de lagartas no jardim (queria viver até as fotos) .. enfim era uma loucura e dessa forma a vida passava e de nada eu lembrava.

Aproveitando esse cheiro de alívio ... eu acredito.
Hoje eu quero tudo devagar, tudo no seu tempo pra que tudo seja aproveitado ao máximo do máximo do infinito procurando o pormenor nos detalhes do conjunto.
Pode parecer até que sim, pra mim, que a cada dia minha demência agrava-se, mas o que seria mesmo do mundo se todos nós fossemos normais?
Em uma conversa no MSN (né Fa?) conclui e não foi sozinha, que o jeito Lu de ser nada tem de normal (cronológica, experimental e historicamente). E hoje escrevendo sem me preocupar muito com parágrafos, sinestesias, paradoxos ou metáforas, sem me preocupar com o formal do escrever e somente .. colocando aquilo que dá (,) no te(c)(lh)ado, acho que realmente devo concordar com mais essa conclusão (Constatação 2).

A partir de então começo a pensar se é possível que essa minha felicidade, possa transparecer aos olhos de outras pessoas. Àquelas que me conhecem de outras primaveras e que acompanham (por mais que não seja roteiro da Televisa) as fases Luciana de ser. Assim eu acrescento que as pessoas não mudam. Nós é que começamos a vê-las de outras perspectivas. (Constatação 3)
Que eu sei devidamente que as flores não permanecem lindas e perfumadas por muito tempo é fato. Chatices, problemas, infortúnios, dificuldades, tédios também povoam o jardim e fazem parte do próprio sucesso. Assim como feriados no fim de semana, simulados naqueles dias de ressaca braBa, furo de amigas, aquele bolo que não cresceu, aquele livro que você não achou, fins de semana sem nada pra fazer, filmes horríveis, feijão queimado, arroz sem sal, falta de dinheiro, lápis perdido, ponta de lápis quebrada, viagem cancelada e aaaahh enfim .. aquelas coisinhas que deixam a felicidade ainda mais concorrida. Aproveita-se tudo, não vá o Diabo tecê-las!
E assim pra finalizar, deixou a última Constatação 4 de cunho filosófico, cultural e humorístico que foi surripiada de blogs no meu caminho que vale a pena ler .... RS
O homem da minha vida é fofo. O homem da minha vida sabe muitas piadas. O homem da minha vida tem muita experiência. O homem da minha vida sabe a minisaia que vai bem com um blusa mais vanguardista, digamos. O homem da minha vida percebe de moda. O homem da minha vida gosta de ir às compras. O homem da minha vida sabe maquilhar-me. O homem da minha vida gosta do verdade ou consequência. O homem da minha vida é extremamente delicado. O homem da minha vida ajuda-me a escolher cuecas. O homem da minha vida faz noites de pijama (com ou sem pijama). O homem da minha vida leva-me a ver a noite e passa o dia inteiro em casa, qual fada do lar. O homem da minha vida percebe de champôos. O homem da minha vida sabe a última colecção da Victoria Secret. O homem da minha vida consegue manter a postura mesmo que eu lhe dê uns saltos altos para calçar. O homem da minha vida, ainda assim, tem pila. O homem da minha vida é transsexual.
Primeira vez que vi esse teXtículo foi o Jô que disse em seu programa. Honra e prazeres de vê-lo dizendo ao vivo. Porém mesmo assim dedido-o ao surrupio sem permissão (talto).
O homem da minha vida é com certeza a pessoa errada.
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